terça-feira, 20 de dezembro de 2011

HORA DE BALANÇO

Caros leitores, seguidores e amigos, o final de mais um ano chegou e é hora de rever o saldo positivo e negativo. 
Primeiro quero pedir perdão se, em alguma de minhas postagens ofendi ou prejudiquei alguém, pois nem sempre nossas opiniões, idéias, posicionamentos e criticas fazem o efeito que gostaríamos, mas venho novamente pedir a essas pessoas que eu possa ter magoado que me perdoem, afinal de contas vivemos num mundo de divergências.  
Segundo, agradecer a todos pelo carinho, consideração e respeito que tem por mim e pelo que escrevo, pelos comentários sempre de otimismo e também pelas criticas, pois também crescemos e evoluímos com elas.
Aos amigos queridos e outros que ainda nem conheço, mas que tem admiração e respeito pelo meu trabalho. Nem tudo são flores, mas mesmo sobre o negativo tirei algum proveito e aprendizado.
Quero finalizar desejando a todos boas festas e um 2012 de muitas vitórias.
DEUS abençoe a cada um e suas famílias!
Grande abraço!
Julio Batisti e familia

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O SEGREDO POR TRÁS DAS DERROTAS

O momento vivido por um dos grandes clubes brasileiros me levou há escrever mais uma vez sobre as demissões de treinadores, assunto debatido ao extremo, e que continua muito enraizado nas decisões dos dirigentes, por isso vou trazer alguns segredos que, talvez desconheçam e que poderá ser benéfico para futuras medidas, um breve esclarecimento de como e porque certas situações acontecem. Primeiro vamos aos fatos para que fique bem entendido onde quero levar meus leitores: na semana que passou vimos mais um técnico ser demitido pelos maus resultados do time. Dirigentes do Botafogo FR resolveram que o Caio Junior não servia mais, alegando as consecutivas derrotas na competição. Essa prática, já antiga, precisa ter um fim para o bem dos nossos clubes e do futebol brasileiro, pois decisões são tomadas sempre baseadas nos resultados de jogos e nunca no TRABALHO, no planejamento, na relação do técnico com seus atletas, no dia-a-dia do grupo.
O QUE ACONTECE?
Numa competição longa como é o campeonato brasileiro com seus quase nove meses de jogos, viagens, concentrações, palestras, treinos, entrevistas, reuniões, sem especificar os problemas diários que precisam ser resolvidos rapidamente e muitas vezes, apenas na intuição do técnico, é lógico que as equipes viverão um período de queda e por conseqüência disso as derrotas acontecerão e isso faz parte da transição necessária. Raramente veremos um time iniciar, caminhar e chegar ao final no mesmo nível e isso é absolutamente normal e compreensível quando se trabalha com a emoção humana em que mudanças comportamentais de toda a ordem fazem parte de um grupo e exercem muitas vezes, forte influência no rendimento de um atleta.
O SEGREDO
O técnico de alto nível conhece todas as situações possíveis que podem alterar o foco individual e da equipe e por isso sabe quando vai acontecer a queda de rendimento e o que fazer para retornar aos bons resultados. Ele se mantém firme no propósito, refaz o planejamento, se necessário promove a readequação do trabalho nas derrotas, ou antes delas acontecerem e isso têm um nome que eu chamo de “GERAR IMPULSO”. Esse é o momento mágico de uma equipe, em que o dirigente precisa ter a consciência e o bom senso de tornar o TRABALHO intocável, blindando a comissão técnica e confiando na mudança e na alteração de rota proposto. “GERAR IMPULSO” não é tarefa fácil e justamente por isso precisamos ter uma preparação acima dos conceitos implantados até então. É chegada à hora do homem de visão, aquele diretor que fará toda a diferença e que na maioria das vezes será de forma camuflada.
ACOMPANHAR O TRABALHO NA SUA ESSÊNCIA
Por isso nossos dirigentes precisam estar no dia-a-dia do trabalho, acompanhar tudo de perto e não para fazer pré-julgamentos, mas para poder defender com argumentos fortes a manutenção dos principais líderes da equipe quando as derrotas temporárias aparecerem, pois é a única maneira de se obter 100% de acerto. Já presenciei bons trabalhos não terem seguimento pelo imediatismo do resultado e maus trabalhos serem mantidos pelo mesmo motivo e isso quer dizer: num curto espaço de tempo grandes técnicos, que estão "GERANDO IMPULSO" são demitidos em função dos maus resultados. Por outro lado existem os maus trabalhos com bons resultados, muitas vezes pela qualidade de seus atletas e que acabam sendo mantidos no cargo em função de vitórias, também temporárias e que no futuro será criada uma situação impossível de ser corrigida.
COMO IDENTIFICAR ESSA PROFISSIONAL
Vou citar 10 características que estão muito presentes no técnico que conhece o segredo e vou apresentá-las a seguir:
1.   GERAR IMPULSO é ter convivência respeitosa com todos (trabalhar em equipe);
2.   Ser o primeiro a chegar e o último a sair (atenção em todos os detalhes);
3.   Viver os objetivos propostos 24 horas por dia, todos os dias;
4.   GERAR IMPULSO é ter simpatia e admiração dos seus liderados;
5.   É saber criticar de forma construtiva e individual, mas elogiar para todo grupo ouvir;
6.   Treinar o coletivo, mas nunca esquecer que um atleta necessita evoluir constantemente e o trabalho individualizado deve fazer parte do processo, pois sabe que melhorar o todo depende do crescimento pessoal de cada um;
7.   GERAR IMPULSO é identificar problemas e resolvê-los antes que sejam externados ou tornem-se prejudiciais ao grupo;
8.   Saber o momento de dar um colo, mas também aquele das palmadas;
9. Algumas palavras do uso diário: trabalho, união, foco, amizade, servir, crescimento, organização, evolução........
10.  A principal delas: GERAR IMPULSO é ter fé, acreditar sempre, mostrar força quando todos estão enfraquecidos, sorrir quando todos choram.   
No mês de maio estive participando de alguns trabalhos do Botafogo e conheci o planejamento do Caio Junior e da sua equipe. Durante o período que lá estive, em nenhum momento sequer, vi algum dirigente no campo de treinamento acompanhando os trabalhos e o objetivo do clube estava bem definido. Não queriam cair para segunda divisão, o que não era compartilhada da mesma forma pela comissão técnica e o Caio mostrou com trabalho que poderiam sonhar com o título, conquistando bons resultados, alguns inacreditáveis.  Quando foi demitido, o clube estava classificado para a taça libertadores de 2012, o que certamente ficará muito distante e eu diria até impossível nesse momento, com treinador interino no cargo. Está na hora de sermos mais responsáveis, mais profissionais e saber que lugar de torcedor é na arquibancada.
Vamos entrar num novo ano e alguns clubes trocarão seus treinadores, muitos baseados novamente nos maus resultados de campo, sem levar em conta o trabalho desenvolvido por esse profissional. Por isso prezados dirigentes, para o bem dos seus clubes, comecem a pautar suas decisões pelo trabalho bem realizado. Observem em seus técnicos se possuem as caracteristicas acima e decidam por mantê-los independente dos maus resultados, mas caso não as possuam, independente dos bons resultados busquem outro profissional urgente, porque estarão gerando impulso contrário e nesse caso será prudente a troca, pois a médio prazo teremos problemas irreversiveis.  

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O PRÉ-JULGAMENTO DE MARIO FERNANDES

Um assunto que sempre gera polêmica é quando determinado atleta resolve declinar de uma convocação para a seleção brasileira. Isso já aconteceu no basquete, no vôlei, mas no futebol fica mais explicito pelo apelo popular que esse esporte possui em nosso país. Tenho lido opiniões sobre a decisão do lateral do Grêmio Mario Fernandes, de não se apresentar à seleção e fico pasmo com os pré-julgamentos que fazem, transformando um menino em formação num monstro irresponsável e após emitirem várias críticas, muitas delas venenosas, ficam tentando adivinhar o que estaria acontecendo com ele, sem a mínima preocupação de estarem afetando negativamente, não apenas uma carreira profissional, mas na vida de um ser humano, então vou externar não uma simples opinião, mas uma constatação.
Todos se lembrarão que recentemente, na coletiva de apresentação de um ex-atleta como técnico num grande clube, uma das perguntas foi sobre a sua característica no campo. Será um treinador motivador? Sua resposta foi a seguinte:” jogador de clube grande recebe altos salários, se hospedam nos melhores hotéis, moram em mansões, tem uma vida de príncipe e ainda precisam ser motivados pra jogar? Tudo o que clube proporciona a eles já deve servir de motivação.” Nesse momento tive a certeza que deveria retornar para sua antiga profissão, que não tinha a noção do que é um vestiário, apesar dos anos como jogador profissional e teria tempo muito curto liderando um grupo de atletas, o que acabou se confirmando em seguida. Dou esse exemplo para dizer que todo aquele que deseja trabalhar no futebol, seja como dirigente, fisicultor, agente ou técnico precisa conhecer o atleta de futebol na sua alma e não apenas sua condição técnica. Lidamos em nosso dia-a-dia com um grupo de meninos carentes, nascidos e educados sem sabermos onde e como, todos com problemas iguais aos nossos e não podemos apenas olhar para seus bolsos, imaginar que são super heróis, que são imunes as adversidades e dificuldades que a vida nos apresenta, que não frustram-se, não deprimem-se, não choram, não sentem saudades...... A motivação deve ser parte do trabalho sim, não importa a conta bancaria, assim como um colo, uma palavra amiga, um carinho e também teremos momentos de sermos firmes e às vezes rudes, mas sempre mantendo o respeito ao ser humano antes do atleta, por isso me posiciono aqui sem intenção de defender ninguém e muito menos tentar mostrar equívocos nas opiniões, até porque em nosso meio isso é absolutamente normal, mas pedir um pouco de cautela e ponderação quando está em jogo uma carreira altamente promissora e dizer que, sem sabermos os reais motivos de certas decisões devemos nos manter coniventes e buscar conhecer um pouco mais de psicologia humana. 
Quanto à atitude do Mano Menezes em relação ao ocorrido, tenho absoluta certeza que o Mario Fernandes não será prejudicado, pois se continuar evoluindo e tendo boas atuações ele convoca novamente, mas posso garantir que antes disso acontecer, se reunirá com o jogador, diretoria do Grêmio e com seu agente.  

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

DESPERDICIO DOS EUA E A FOME NO MUNDO

ESTAMOS FAZENDO PELA NOSSA HUMANIDADE?
Após acompanhar as noticias de ontem vou fugir um pouco do assunto principal desse blog para mostrar uma  realidade oposta, triste, decepcionante e vergonhosa. A Nasa anunciu nesta quarta-feira o projeto para desenvolver seu novo foguete de grande porte que permitirá o transporte de cargas, além de enviar o primeiro ser humano a Marte.

Com um custo estimado em US$ 3 bilhões anuais, num total de US$ 18 bilhões até seu vôo de estréia, previsto para 2017, o SLS inicialmente poderá carregar cerca de 70 toneladas de carga útil para o espaço, devendo receber melhorias para alcançar uma capacidade de até 165 toneladas. Isso é mais que as 130 toneladas dos gigantescos foguetes Saturn V.

Leiam o que afirma o tal de Charles Bolden administrador da Nasa: “Este sistema de lançamento criará bons empregos, assegurará a liderança dos EUA no espaço e vai inspirar milhões ao redor do mundo - O presidente Obama nos desafiou a sermos ousados e sonharmos grande, e isso é exatamente o que estamos fazendo. Embora eu tenha orgulho de ter voado nos ônibus espaciais, as crianças de hoje agora podem sonhar que caminharão em Marte um dia.
Gostaria de saber: quantos e quais bons empregos criará? Liderança espacial pra quê? Ao redor do mundo quem vai se inspirar com esse feito? Isso é ser ousado e sonhar grande? Qual a criança que sonha em pisar em Marte?
MUNDO REAL
Na outra parte do mundo a fome mata milhares de pessoas todos os anos. Seres humanos que sonham com um prato de feijão com arroz, um teto, um calçado para pisarem aqui nesse mundo e não em Marte. Esse é o planeta que precisamos explorar. Pra mim isso seria um grande sonho de um governante e de uma nação poderosa que gasta trilhões de dólares com viagens pelo universo sustentando egos e vaidades, com armamentos de guerra prevendo sempre que o pior vai acontecer e geralmente acontece muito mais pelos seus próprios atos. Esse mês faz 10 anos dos ataques terroristas ao World Trade Center e realizaram várias cerimônias homenageando as vítimas. Sabemos também que nada justifica esse ato terrorista brutal, que abalou todo o planeta e não apenas os EUA, mas não aprendem. Não sou contrário ao projeto da Nasa, mas acredito que deveriamos eleger outras prioridades. Também sei que sou apenas mais um externando um sentimento humanitário e um desejo de poder viver o suficiente para ver nações acabarem com a fome e a miséria desses países.      
Por ter chocado alguns leitores exclui a imagem q havia postado, mas segue link para compararmos nossos mundos.

http://www.youtube.com/watch?v=GlH1hbFLVjY


sábado, 10 de setembro de 2011

VAMOS LOUVAR A DEUS!



LETRA
Fico a imaginar o dia,
em que meu nome irá chamar
pra um lugar muito distante
onde nunca haverá
nem fome, nem sede, nem pranto, nunca haverá
nem fome, nem sede, nem pranto, nunca haverá

O cordeiro,
que está no trono
apascentará e me servirá
de Guia para as fontes das águas da vida,
me levará

Meus queridos leitores, espero que esse louvor possa trazer-lhes momentos de reflexão, paz, muita alegria a todos que acessam esse blog e também venha tocar os seus corações com a mesma intensidade que tocou no meu. "Os justos herdarão a terra e habitarão nela para sempre" (Salmos 37 - 29).
Não sei qual é o seu problema, nem a intensidade deles, seja  financeiro, de saúde, familiar......, nem sua crença. Eu tenho um DEUS que é poderoso, que jamais nos abandona, que opera milagres e eu sou a prova viva disso, que nos mostra o caminho, que nos ama apesar das nossas imperfeições, que perdoa nossos erros, nossos pecados, que nos molda e nos transforma conforme a sua vontade, que carrega conosco o fardo e nos sustenta nos momentos difíceis.     

terça-feira, 6 de setembro de 2011

CONTADO PELA 1ª VEZ/ATLETA EDENILSON (CORINTHIANS SP)

UMA DECISÃO, UM SONHO REALIZADO, ASSIM NASCE UMA ESTRELA
E.C. Guarani (clube que orgulhosamente presidi), Venâncio Aires, agosto de 2008, nossa equipe havia acabado sua participação no octogonal final da 2ª divisão na quinta colocação e um convite da FGF para que disputássemos a Copa RS no 2º semestre estava em minhas mãos. Olhava pra trás e me lembrava das dificuldades que enfrentamos para conseguir levar a equipe até aquele momento. Assumimos no mês de janeiro com muitos problemas e me atrevo a dizer que aquele era o pior ano da historia do clube e na verdade estava realizando algo que nunca sonhara antes, nunca pensei em ser diretor, imagine me tornar presidente, até porque vivo futebol profissionalmente e nessa função não há remuneração. Mas o desafio estava ali na minha frente e fui aclamado numa reunião em que alguns diziam: “é louco”, “não terá apoio de ninguém”, existia na cidade até bolsa de apostas para ver quanto tempo duraria nossa gestão, digno de pessoas medíocres, mas por outro lado sabiam da situação caótica do clube e por isso eu entendia essas atitudes. Comigo vieram alguns amigos que jamais esquecerei para formarmos a diretoria e outros que se ofereceram para trabalhar voluntariamente. Com mais de 20 (vinte) ações trabalhistas na sua maioria julgadas a revelia e sem chances de defesa, nos restando apenas aguardar a sentença e tentar negociar com os autores, sem patrocinador, estádio necessitando reformas imediatas, gramado para ser recuperado, nenhum sócio, conselho sem atuação e afastado, torcedor decepcionado pelo rebaixamento de divisão no ano anterior, sem comissão técnica, sem jogadores, sem material esportivo e o pior de tudo, o prefeito da época declarando e posteriormente confirmando a sua negativa de enviar os recursos públicos que todos os anos era um valor já programado girando em torno de R$ 100.000,00 etc. Mas passamos bem por todas essas adversidades e chegamos à fase final e sempre digo que: “se não chegamos onde queríamos (acesso), fomos muito além do que todos imaginavam”.


Mas naquele momento precisava olhar pra frente, mas vendo a rua do lado de fora pensamentos me vinham à cabeça: “se na principal competição não obtivemos o apoio necessário, imagina numa copa deficitária”. Por outro lado olhava para dentro e via os garotos treinando e me perguntava: “se não jogarmos, o que será desses meninos? Qual o seu futuro e das gerações que virão deles? Havia solicitado ao nosso diretor financeiro Cesar Ernsen um relatório contábil e que projetasse os custos da competição. Eu aguardava por ele e quando chegou lembro bem da sua fisionomia e da frase dita a mim: “é inviável, não podemos jogar, é suicídio”. Avaliamos juntos todas as possibilidades, ouvi e analisei atentamente os argumentos de outros diretores e apenas pedi para que eles mostrassem a real situação ao grupo que nos aguardava ansiosamente No caminho entre a sala de reuniões e o vestiário me falou: “qualquer que seja a decisão estarei contigo”demonstrando ser um grande amigo. Entramos, todos sentados, o Cesar inicia sua explanação e eu observo os rostos de cada um deles. Todos escutavam atentamente, mas alguns com olhar na minha direção. Começo a me questionar: “qual o direito que tenho de interferir na vida deles? E se aqui tiver um daqueles diferenciados, e eu sei que tem.”Cabia a mim decidir, mas antes propus um acordo importante entre direção, comissão técnica e atletas ao qual foi aceito por todos, então falei em alto e bom som: “vamos jogar”. Aquele grupo possuía algo diferente, com valor e entre eles o menino Edenilson, carinhosamente chamado pelos companheiros de Meio Quilo por ser magro, mas já estávamos realizando um trabalho específico e individualizado com ele para aumento de peso e massa muscular. Foi num jogo entre Guarani x Juventude pela Copa RS, em Caxias do Sul que dirigentes do Caxias, assistindo ao jogo se interessaram por ele. Na época fui criticado por muitos que achavam uma loucura participar daquela competição, mas eu estava convicto que aquele trabalho daria bons frutos e passados três anos, tudo se confirma.

Hoje no Corinthians, participando sempre da equipe do técnico Tite, Edenilson, o nosso Meio Quilo faz fama, sucesso e certamente se tornará um dos grandes jogadores do futebol brasileiro e que em breve vai alçar vôos maiores. Saber que participamos dessa caminhada, talvez de forma tímida mas presente, me deixa muito feliz e orgulhoso. Lembro de quando ele entrava na minha sala no sábado após o recreativo e pedia passagem de ida para casa porque a volta o pai pagava, das vezes que a diretora me chamava na escola para dizer que não queria saber dos estudos e no outro dia quando eu pensava até em tirá-lo do treino e pedir mais dedicação as aulas observava a maneira feliz que entrava no vestiário, seu relacionamento com os colegas e sua dedicação aos trabalhos e não me dava coragem de puni-lo daquela forma, mas apenas aconselhá-lo.

Meu objetivo não é ser o pai da criança, longe disso, até porque ele dedicou-se muito para estar nesse lugar e fez por merecer, além de que, sua carreira é gerenciada pelo empresário Jorge Machado, um dos profissionais mais respeitados do país e teve participação importante da SER Caxias no seu desenvolvimento, mas o que quero mostrar é o efeito da decisão em cima de uma convicção, baseada no trabalho e não em matemática porque o futebol jamais será uma ciência exata. Posso com autoridade escrever e relatar esse fato porque foi o principal argumento que usei na época para justificar o porquê jogaríamos e quem estava lá se lembrará dos meus pronunciamentos e com postagem nesse blog após sua ida para o Caxias.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

VOCÊ PODE


E o mais importante, colocar DEUS acima de todas as coisas. Posso externar isso, pois sou a prova viva da transformação divina, do milagre, da benção, da unção. "Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de DEUS em Cristo Jesus para convosco."(l Ts 5:18)

terça-feira, 9 de agosto de 2011

MAIS SOBRE A PROFISSÃO DE TREINADOR

Em minha postagem do dia 01 de abril trouxe informações sobre estar apto a exercer a profissão de treinador de futebol. No dia de hoje o site http://universidadedofutebol.com/ trás algumas informações que havia publicado aqui anteriormente, juntamente com outros esclarecimentos importantes sobre esse tema ao qual me sinto no dever de divulgar o texto em sua integra para que não fique mais nenhuma dúvida. Na minha próxima postagem me posicionarei sobre as diferenças dos profissionais. Leiam texto abaixo:

Qual é a regulamentação para atuar como treinador de futebol no Brasil?

Universidade do Futebol esclarece disputa entre entidades que representam as categorias dos treinadores e dos professores de Educação Física
Equipe Universidade do Futebol

A regulamentação da profissão de treinador de futebol no Brasil vem sendo debatida há muitos anos. No centro deste debate estão, de um lado, as entidades que representam os profissionais de Educação Física, em especial CONFEF (Conselho Federal de Educação Física e CREF’s (Conselhos Regionais de Educação Física) e de outras instituições sindicais representativas dos treinadores que não são certificados pelas Escolas de Educação Física, geralmente liderados por ex-atletas que pleiteiam ou já exercem a função de treinadores em clubes ou outras instituições futebolísticas.

Nesta quebra de braços, a vantagem muitas vezes parece ficar com as instituições mais organizadas e estruturadas que representam os profissionais formados em Educação Física. Porém a briga ainda está longe de encontrar um vencedor, apesar dos argumentos de ambos os lados. Recentemente, por exemplo, o SITREFESP (Sindicato dos Treinadores de Futebol do Estado de São Paulo) deu um golpe na instituição que representa os graduados em Educação Física, o CREF4/SP (Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região), como veremos nesta matéria.

A partir do Decreto-Lei 3.199 de 1.941, reconheceu-se a presença de um profissional qualificado para trabalhar como treinador o indivíduo formado pela Escola de Educação Física e Desporto da Universidade do Rio de Janeiro. Trinta e cinco anos mais tarde, a Lei 6.354 de 1.976 dizia em seu artigo 27: “Todo ex-atleta profissional de futebol que tenha exercido a profissão durante 3 (três) anos consecutivos ou 5 (cinco) anos alternados, será considerado, para efeito de trabalho, monitor de futebol” (Brasil, 1976).

Entretanto, a regulamentação da ocupação de treinador profissional de futebol onde se estabeleceram as mesmas legislações do trabalho e da previdência social, se oficializou pela Lei 8.650 de 1.993, que dizia no seu artigo 3:

O exercício da profissão de Treinador Profissional de Futebol ficará assegurado preferencialmente:

I - aos portadores de diploma expedido por Escolas de Educação Física ou entidades análogas, reconhecidas na forma da lei;

II - aos profissionais que, até a data do início da vigência desta Lei, hajam, comprovadamente, exercido cargos ou funções de treinador de futebol por prazo não inferior a seis meses, como empregado ou autônomo, em clubes ou associações filiadas às Ligas ou Federações, em todo o território nacional”.

Atualmente, a Lei Nº 9.696, de 1º de setembro de 1.998, que regulamenta a profissão de Educação Física, diz no Art. 3º:

“Compete ao Profissional de Educação Física coordenar, planejar, programar, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, avaliar e executar trabalhos, programas, planos e projetos, bem como prestar serviços de auditoria, consultoria e assessoria, realizar treinamentos especializados, participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar informes técnicos, científicos e pedagógicos, todos nas áreas de atividades físicas e do desporto” (Brasil, 1.998).

Há movimentos para se estabelecer uma regulamentação conjunta. A própria CBF, entidade que rege o futebol no Brasil, promove um projeto educacional que pretende, com o apoio de Fifa e Uefa, se tornar o curso oficial que permita o exercício da profissão do treinador de futebol. Mas a situação ainda permanece indefinida.

Por enquanto, o que vale mesmo é a qualificação – ou seja, competência – para determinado profissional desempenhar a função de treinador de futebol. Para isso, basta ele ter o aval da direção do clube, com ou sem chancela do CREF, ou de qualquer outra certificação.

Em 2009, por decisão da Dra. Silvia Melo da Matta, Juíza Federal Substituta, da 8ª Vara Cível da Justiça Federal de São Paulo, foi concedida a antecipação dos efeitos da tutela antecipada que garante aos técnicos e ou treinadores de futebol o livre exercício profissional.

A ação foi movida pelo SITREFESP, presidido por Mário Travaglini, que procurou salvaguardar seus associados com o direito de exercerem livremente o trabalho, sem que houvesse qualquer interferência do CREF4/SP.

Afirma a autora da decisão que a Lei 8.650/93, a qual dispõe especificamente sobre as relações de trabalho do treinador profissional de futebol, está sendo desrespeitada pelo CREF4/SP, pois está previsto em seu artigo 3º que a profissão de treinador profissional de futebol será exercida preferencialmente por portadores de diploma expedido por escolas de Educação Física, e não obrigatoriamente, como quer o CREF4/SP. Há ainda o argumento de que a Lei 8.650/93 é especifica da categoria, não cabendo qualquer tentativa de enquadramento em outra legislação ou normativa.

Além disso, o Conselho Federal de Educação Física – CONFEF e o CREF4/SP – são órgãos de representação, de disciplina, de defesa e fiscalização exclusivamente dos profissionais de Educação Física.

O técnico ou treinador de futebol não precisa estar inscrito no Conselho Federal de Educação Física e nem em Conselhos Regionais de Educação Física. Os clubes de futebol têm em seus quadros profissionais de várias áreas, entre eles médicos, fisioterapeutas, fisiologistas, nutricionistas e preparadores físicos. Estes fazem parte da comissão técnica de uma equipe, mas cada um está sujeito à inscrição nos conselhos que representam suas respectivas categorias profissionais.

A Dra. Sílvia acatou o pedido do advogado Dr. João Guilherme Maffia, que representou o Sindicato dos Treinadores na demanda, antecipando os efeitos da sentença, garantindo assim aos técnicos e ou treinadores de futebol, associados ao SITREFESP, o livre exercício de sua profissão, independentemente de estarem inscritos no Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região de São Paulo.

O fato é que – apesar das acaloradas polêmicas – até o momento não existe no Brasil nenhum curso oficial que “autorize” alguém a ser treinador ou técnico de futebol. A eventual regulamentação que autorizaria o exercício legal da profissão simplesmente não existe. Por isso, o que se vê neste disputado mercado são clubes e instituições futebolísticas contratando os seus profissionais baseados em recomendações, indicações, experiência acumuladas ou então por suas competências específicas, e não preferencialmente a partir de sua certificação em Educação Física.

Enquanto a regulamentação não se efetiva, cabe aos profissionais e pretendentes ao exercício da profissão de treinador, qualificarem-se para bem exercer suas funções, sejam eles professores de Educação Física, ex-jogadores de futebol, ou qualquer outra pessoa que deseje seguir essa carreira.

Nesta direção e também preocupada com o movimento de regulamentação da profissão de treinador, a Universidade do Futebol se destaca ao oferecer cursos on-line e presenciais que objetivam promover a qualificação profissional dos gestores de campo (além do treinador, o assistente técnico, o preparador físico, o treinador de goleiros, o coordenador técnico, etc.), elemento indispensável para o adequado exercício de suas funções. E é sempre bom lembrarmos que qualificação profissional deveria ser pré-requisito para o exercício de qualquer profissão.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

A MAIOR ESTRELA DO FUTEBOL CHAMA-SE: EQUIPE

O jogo de ontem à noite entre Santos x Flamengo, vencido brilhantemente pelo rubro negro carioca deixou claro o poder do coletivo de um time, do verdadeiro trabalho em equipe, da estratégia, inteligência e arrojo de um técnico. As duas equipes com talentos individuais fantásticos, atletas que decidem um campeonato, que superam nossas expectativas, que fazem nossos olhos brilharem numa fração de segundos, mas vou comparar atuação de apenas dois deles. De um lado Neimar, o menino do Santos, ainda em formação pessoal e profissional, um craque que nos proporcionará muitas alegrias num futuro bem próximo, que do dia para noite tornou-se milionário, que é usado pela indústria, pela mídia, pelo lado comercial e cercado por interesseiros de todos os gêneros. Um garoto vaidoso como todos na sua idade, que adora um espelho e deve achar-se o Brad Pitt brasileiro o que é compreensível. Em alguns momentos rebelde, outros uma criatura doce e amável, que vezes nos passa a impressão que sabe tudo o que fala, ao mesmo tempo em que demonstra certa limitação cultural. Um atleta de alto nível, capaz de fazer pessoas sorrirem e/ou chorarem tanto de felicidade quanto de tristeza, que tem fome do jogo, sede da bola, sabe que possui qualidades raras para fazer toda a diferença, mas precisa entender que tem ao seu lado mais dez companheiros, um comandante na beira do campo e que o futebol é um esporte coletivo e de equipe. Foi protagonista de lances lindos, mas pecou demais pela individualidade, mesmo tendo objetividade na maioria delas. Seu raciocínio está mil anos a frente dos demais membros do time e sabe disso, portanto deve encontrar o equilíbrio e controlar a imaturidade.


De outro lado, o consagrado Ronaldinho Gaúcho, que já nos emocionou com dribles desconcertantes, lances mirabolantes criados por ele mesmo, com gols que ficarão para a história do futebol. Também de alto nível técnico, vivenciou e saboreou o gosto do sucesso repentino e meteórico. Tem qualidades individuais para decidir tudo num piscar de olhos, mas joga para o time, que jamais usa o EU, mas sim o NÓS, que divide vitórias com todos e muitas vezes assume as derrotas solitariamente, que procura o espaço certo do campo e chama para si a responsabilidade de fazer a jogada final ao mesmo tempo que faz os demais serem participativos e solidários ao jogo. Maduro, experiente, sabe muito bem que todos fazem parte do processo e foi essa a formula que trouxe a vitória do seu time sobre o do menino Neimar.
Como o futebol não é uma ciência exata, talvez no próximo confronto prevaleça e seja vitoriosa a individualidade, como vemos acontecer muito no mundo todo.Mas meu objetivo no texto é mostrar que nada pode ser mais importante que a equipe, o time, que logicamente não podemos abrir mão do talento, de fazer jogar sempre os melhores, mas pensar em equipe porque no final, independente do resultado o que será levado em conta será sempre o trabalho que realizamos durante o tempo de jogo. Se individualizamos não cumprimos com o principal dever, mas se primamos o coletivo nem uma derrota nos abalará porque realizamos o melhor.

sábado, 2 de julho de 2011

LIÇÃO SIMPLES


Muitos assistem ao video, todos gostam, acham a mensagem que ele transmite linda, mas poucos são aqueles que levam para o trabalho de equipe os seus ensinamentos. Direciono aos meus colegas de profissão, os técnicos de futebol, que na sua grande maioria tem posturas totalmente contrárias, mas são lições para também usarmos no nosso dia-a-dia. Novamente o exemplo nos mostra que liderar é uma arte rara.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

A LIÇÃO DO BAMBU CHINÊS

Depois de plantada a semente deste incrível arbusto, não se vê nada exceto um lento desabrochar de um diminuto broto a partir do bulbo. Durante 5 anos, todo o crescimento é subterrâneo, invisível a olho nu, mas uma maciça e fibrosa estrutura de raiz que se estende vertical e horizontalmente pela terra está sendo construída. Então, no final do 5º ano, o bambu chinês cresce até atingir a altura de 25 metros.
Muitas coisas na vida pessoal e profissional são iguais ao bambu chinês. Você trabalha, investe tempo, esforço, faz tudo o que pode para nutrir seu crescimento, e às vezes não vê nada por semanas, meses ou anos. Mas, se você tiver paciência para continuar trabalhando, persistindo e nutrindo, o seu 5.º ano chegará, e com ele virão crescimento e mudanças que você jamais esperava.
É preciso muita fibra para chegar às alturas e, ao mesmo tempo, muita flexibilidade para se curvar ao chão. Sejamos persistentes sempre! Nunca percamos de vista as metas. A cada dia vençamos com fé os obstáculos, confiemos no nosso poder de superação, mas acima de tudo, confiemos em Deus, e a vitória virá, pois, sem dúvida, com suor, esforço, trabalho, fé, e com a bênção de Deus a cada momento da nossa vida, seremos vencedores.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

BUSCA PELO CONHECIMENTO

PREPARADO PARA O DESAFIO

Ao lado do treinador do Botafogo RJ e meu amigo particular Caio Junior estive participando durante 10 dias dos treinamentos da equipe que se prepara para o Campeonato Brasileiro. Foi uma grande experiência e que reforçou ainda mais a minha decisão de trocar a gerência de futebol pela área técnica. Preparo-me há muitos anos para esse desafio, mas a evolução e o aprendizado devem ser buscados sempre, não importando quão preparado esteja, pois no futebol, como em qualquer seguimento as mudanças são constantes e se faz necessário essa busca por novos metodos e modelos. Além de observar aos treinamentos participei de reuniões com o auxiliar técnico Almir Domingues e o editor de imagens do clube Thiago Largui(2ª foto abaixo).

quarta-feira, 6 de abril de 2011

ATÉ ONDE VAI O AMADORISMO

Li recentemente texto que me deixou pensativo e um tanto quanto indignado e resolvi postá-lo para que meus leitores, muitos deles dirigentes de clubes reflitam sobre esse tema e decisões que vem impedindo a evolução do futebol em nosso país. Espero que sirva de alerta e iniciem um novo modelo nas gestões dos clubes, com mais profissionalismo, ética e com seriedade, principalmente quando a questão é o técnico.


Choque de gestão no futebol: os cabelos estão arrepiados (Eduardo Fantato)

(Esporte precisa de central de informações e recursos tecnológicos que auxiliem os dirigentes na gestão.)


"Ele é um excelente profissional, muito bom caráter, um homem sério, mas nós que convivemos no dia a dia achamos que é necessário fazer um choque de gestão”.
Com essa frase, a diretoria do Atlético Goianiense justificou a demissão de René Simões do comando técnico da equipe, que conseguiu evitar o rebaixamento no ano anterior e que liderava o campeonato estadual.


Virou moda. Agora no futebol a onda é fazer um choque de gestão. Choque de gestão virou desculpa para fracasso, virou desculpa para erro e agora, ainda mais, virou justificativa para o famoso “me deu na telha trocar tudo”.


O futebol precisa, cada vez mais, de uma central de informações e recursos tecnológicos que auxiliem a avaliar, medir desempenho, e forneçam informações que possam ser transformadas em conhecimento. Mas isso não basta, se as pessoas que decidem não souberem o que fazer com elas. Ou, o que é pior, tomarem decisões sem ao menos olhar para informações: o tal “choque” não fará nem cócegas.


Nos últimos anos vimos com freqüência o termo ser utilizado no futebol. Atlético- MG já utilizou, Corinthians recentemente para justificar o fracasso da Libertadores, o Flamengo, o Goiás, enfim, tantos dizendo sem dizer. O futebol precisa aprender com o mercado, porém, não adianta só fazê-lo no nome e da boca para fora. Choque de gestão, em resumo simples, remete a mudança no rumo e na forma de gerir, ou seja, o dirigente que o propõe deve estar amparado em informações para tomar tal decisão e não tomar a decisão e justificar com tal alcunha. Como um choque de gestão pode ser aplicado se não existem parâmetros, critérios e ferramentas que possam avaliar os rumos?


Um técnico com 70% de aproveitamento é alvo de choque de gestão, técnico invicto também, técnico rebaixado, técnico interino, enfim, toda mudança de técnico virou choque de gestão. Independentemente do nome, é importante que as decisões de mudança de rumos, que nem sempre se concretizam com a simples mudança de uma peça (treinador), sejam amparadas com argumentos, informações, dados, análises, critérios, e não apenas no feeling de uns e outros.


O feeling é extremamente importante e não pode ser descartado, porém, os gestores do futebol brasileiro se apegam a ele como justificativa: ”senti que era hora de mudar”. Precisamos de critérios para tomar decisões. Se no futebol os resultados justificam tudo, vamos avaliar resultados, sejam eles de jogo, sejam eles de retorno de marketing, sejam eles de investimentos ou da natureza que for. Caso contrário, vamos ser todos eletrocutados com tanto choque à toa e continuaremos com nossos cabelos arrepiados.


Por: Eduardo Fantato/ Fonte: Universidade do Futebol

sexta-feira, 1 de abril de 2011

TIRANDO DÚVIDAS SOBRE ESTAR APTO A EXERCER NOVA FUNÇÃO

REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO É CONFUSA

Qualquer torcedor se for convidado, pode exercer sem constrangimentos legais a função de treinador. Graças a um conflito entre leis federais, não há regulamentação clara sobre a profissão. A primeira lei que tratou da profissão de técnico foi sancionada por Itamar Franco em 1993. Ela determina que o exercício da profissão de treinador de futebol é assegurado PREFERENCIALMENTE aos portadores de diploma de Educação Física, ou a quem já exercia a atividade antes da vigência da lei. “O termo preferencialmente permite que qualquer pessoa exerça a profissão. E a lei continua em vigor”, observa José Antônio Nogueira Júnior, diretor do Sindicato dos Treinadores Profissionais de Futebol do Estado de São Paulo (Sintrepfesp) - uma das três entidades de classe estaduais no Brasil (as outras são no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul).


Em 1998, Fernando Henrique Cardoso assinou a Lei que criou o Conselho Federal e os Conselhos Estaduais de Educação Física. A nova legislação estabeleceu que os treinamentos especializados nas áreas de atividade física e do desporto (onde se enquadra a prática de treinador de futebol) competem apenas aos profissionais de Educação Física. E só tem direito a esse título quem passar pelo banco da faculdade, ou quem já exercia tais atividades antes da vigência da lei. Por outro lado, o diploma de terceiro grau dá ao aluno somente conhecimentos gerais sobre a área de Educação Física, e não o capacita a tornar-se técnico de futebol. “O conhecimento científico do formado tem seu valor, mas a vivência como jogador, a experiência com dezenas de técnicos no dia-a-dia da atividade não tem preço”, afirma Caio Júnior (foto abaixo), atual técnico do Botafogo RJ.

“A faculdade não ensina tática, história do futebol e não forma como treinador. Mas o profissional também deve ter noções de anatomia, pedagogia, psicologia.... É difícil falar quem tem razão”, diz Nogueira Júnior, formado em Educação Física e com especialização em futebol. O que defendem muitos técnicos e dirigentes sindicais é a criação de um curso especial para que um ex-jogador não seja obrigado a concluir uma faculdade para exercer a profissão. “O atleta não consegue conciliar carreira e estudo, e quando pendura as chuteiras não tem mais tempo ou condição financeira para quatro anos de faculdade”. “O ideal seria permissão para iniciar nas categorias de base, e depois de certo tempo ascender ao profissional”, sugere Caio Junior.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

TRABALHO EM EQUIPE


O verdadeiro trabalho em equipe inicia com o primeiro passo, por uma decisão importante de alguém. Formar equipes é uma arte rara, é talento unindo-se ao conhecimento. É uma tomada de decisão capaz de contagiar dezenas, centenas, milhares e milhões de pessoas apenas por um gesto ou uma simples palavra. E tudo inicia por um lider, e liderar é uma tarefa árdua, por isso não os encontramos pelas esquinas ou nas farmácias. Muitos se misturam e nos confundem, distorcem, tentam impor algo que não está dentro deles. Liderança nasce em você e no caminho vai se aprimorando, crescendo, evoluindo. Derrepente algo começa a queimar pelo corpo e na medida que isso vai acontecendo vem a luz, o instálo, o clic que você precisava para decidir. Esse é o momento mágico em que você descobre o quanto pode contribuir e ajudar na formação de pessoas e equipes. Poderia escrever um grande texto sobre esse assunto, mas achei melhor mostrar o video acima, pois ele diz tudo o que precisamos saber.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

NICK VUJICIC - UM EXEMPLO P/ MUNDO

NUNCA RECLAME
Assistam ao video e lembre-se dele sempre que tiver algum fracasso.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

PROMESSA DO FUTEBOL TEM PERNA AMPUTADA

UM ALERTA AOS ATLETAS
Um triste acontecimento do futebol (noticia abaixo)me levou recentemente ao passado, mais precisamente no ano de 1986. Na época, com 17 anos jogava na equipe do E.C. Internacional da cidade de Santa Maria, RS. Meu técnico era o Seu Daltro Menezes (in memória). Certo dia estava atrasado para o treino e pedi emprestada a bicicleta de um vizinho de apartamento(coisa de juvenil). Desci as escadas do prédio com ela nos braços (morava no terceiro andar) e fui em direção ao Estádio Presidente Vargas em fortes pedaladas. Quando dobrei esquina já avistei o chefe, como era chamado carinhosamente pelos jogadores, na frente da porta que dava acesso ao vestiário. Percebi que ele me olhava direto, uns cem metros, até que eu chegasse bem próximo dele. Pela sua expressão pensei pra mim: vou levar a maior bronca do véinho, mas estava dentro do horário determinado. Chegando próximo dele, parei, desci da bicicleta e ele me perguntou: onde arrumou essa condução guri? Disse: de um vizinho meu, professor. Ele me olhou firme e largou: jogador de futebol não pode nunca andar em duas rodas, então se tiver que chegar atrasado, que chegue, porque vou só te multar, mas nunca mais me apareça aqui desse jeito. A vida de vocês é mais importante, então venha a pé se precisar. Desde então a única bicicleta que andava era ergométrica e nunca esqueci do que ele me disse. Atletas precisam ser orientados e monitorados por seus técnicos e diretores. Foto abaixo jornal: Seu Daltro á direita ao lado do professor Galego.
Jogador do Iape do Maranhão, Cleilton Reinaldo, tem perna amputada
Sábado, dia 18 de dezembro de 2010. Um grave acidente. O fim de um sonho. Cleilton Reinaldo Alves Costa, jogador do Iape-MA, estava em uma motocicleta em companhia de um amigo quando ambos foram atingidos por um automóvel. Em decorrência do acidente, o atacante de 19 anos sofreu um duro golpe: teve a perna direita amputada. O caminho do jovem atleta no futebol profissional chegou ao fim, mas ele sabe que a alegria por estar vivo deve continuar.
- [A perda da perna direita] Não vai afetar em nada. Vou fazer fisioterapia. Vou botar uma prótese. Vou ficar uma pessoa independente dos outros. Vou depender de mim mesmo. Não vai ser uma perna que vai tirar minha alegria. Se Deus quiser, vou superar mais este obstáculo – revelou.
O sonho de ser um grande jogador e atuar por equipes importantes do futebol brasileiro e do mundo foi interrompido. Apesar de saber que não poderá mais fazer o que mais gostava, Cleilton revelou, em entrevista à Rádio Mirante AM, nesta segunda-feira, que o momento agora é de se recuperar e acreditar em novos sonhos.
- Quero me formar em Educação Física e, quem sabe, ser treinador, preparador ou alguma coisa no ramo do futebol – disse.

ACIDENTE
O jogador do Iape deu a sua versão para o acidente. De acordo com Cleilton, a motorista do automóvel, que não teve o nome revelado, foi a responsável pelo acidente. Segundo o atleta, além de a condutora causar esta fatalidade, ela não prestou socorro às vítimas. Dentro do veículo também havia um homem, que seria marido da motorista.
- A gente estava vindo de um aniversário e daí uma mulher num Fiesta fechou eu e meu amigo, que estava pilotando a moto. Ele tentou desviar e ela jogou o carro para cima da gente na contramão. E ela conseguiu pegar só minha perna. No momento do acontecido, os dois [a motorista e o carona] saíram do local. Todos os dois. Eles não prestaram socorro de forma alguma – explicou o jogador.
Cleilton ainda desmentiu ele e o amigo estavam em alta velocidade na motocicleta. O jogador também negou que uma terceira pessoa estivesse na moto, informação revelada pelo cunhado da motorista, em entrevista à Rádio Mirante AM.
- A gente estava a uns 50km. Se a gente estivesse vindo veloz, teria capotado e se acabado num poste – afirmou.
Logo após o acidente, a polícia descobriu que a condutora do veículo dirigia sem carteira de habilitação. No entanto, foi o carona do carro, identificado como Wilton Mendes Gonçalves, quem assumiu que estava dirigindo o automóvel.
- Foi um sonho interrompido devido a um irresponsável que foi dar o carro para uma pessoa que não tem nenhum tipo de responsabilidade, e aconteceu o que aconteceu – lamentou o jogador.
Fonte noticia: Globo Esporte

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

DIRETAMENTE DA ARÁBIA - RENÊ WEBER

Renê Weber, técnico do Al-Shaab da Arábia, grande amigo e leitor do blog, gentilmente me envia e-mail sobre matéria publicada no Jornal Extra RJ, do dia 14 de janeiro que contribui com nossa postagem anterior sobre DESPERDICIO DE TALENTOS e confirma tudo o que pensamos sobre trabalhos de base. No texto a seguir um comentário de Renê sobre a dificuldade de encontrar-mos no futebol brasileiro o jogador de meio campo criativo e decisivo para as equipes. Até quando os dirigentes serão coniventes com os sistemas táticos utilizados pelos treinadores das categorias de base dos nossos clubes?

O BURACO NO MEIO
Por: Gilmar Ferreira, em 14/01/2011 às 15:48
Em novembro de 2005, o repórter Guilherme Van Der Laars, hoje editor-assistente aqui do Jogo-Extra, ouviu de Renê Weber, então técnico da seleção brasileira sub 20, um alerta que hoje, cinco anos mais tarde, soa como profético.
"Estão matando os meias. Você vai olhar na base, roda o Brasil e não acha. Quase todos os times jogam com três volantes. Não é uma teoria, é estatístico. Não tem mais aquele camisa oito tradicional de antigamente", explicava o jovem treinador, ex-meia de ligação do time do Fluminense campeão brasileiro em 1984 e tri estadual de 83 a 85.
A constatação era óbvia: o esquema 3-5-2 estaria matando a galinha dos ovos de ouro do futebol pentacampeão do mundo, com técnicos dos times das divisões de base optando por escalar suas equipes com três volantes no meio.
"Quer ficar rico, acha um meia", provocava Renê, resignado por ter encontrado pelo menos três para preencher o setor de sua seleção: Diego (ex-Santos), Renato (do Galo, na época) e Evandro, jogador do Atlético-PR.Em dezembro passado, o ex-atacante Bismarck, hoje empresário, lamentou não ter visto no Brasileiro sub 20, em Porto Alegre, um só meia que merecesse um investimento, carência já diagnosticada no campeonato que corou os argentinos Conca, D"Alessandro e Montillo.

Ou seja: o buraco identificado por Renê lá em 2005, na base, tornou-se uma cratera em 2010, um assassinato que deixa órfãos os verdadeiros amantes do futebol brasileiro, desde aqueles que viram os times serem comandados por célebres camisas 8 aos que consagravam eternos camisas 10.

DESPERDICIO DE TALENTOS

INVESTIR NO TALENTO
Tão importante quanto reconhecer o talento é ter a coragem de investir nele, de apostar, acreditar e dar o tempo suficiente para que se desenvolva e consiga colocar em prática seus dons naturais. Saber enxergar um talento não é tarefa das mais fáceis, por isso nossos clubes de futebol estão com grandes dificuldades em descobrir e formar atletas com alta qualidade técnica.

Investir no talento não é ficar esperando que as coisas caiam do céu, mas tomar a iniciativa, se mover, ir atrás e literalmente descobrir nos campos de futebol aqueles meninos que farão a grande diferença. Após, deveremos despertar neles a capacidade de acreditarem e seguirem em frente. Uma vez que a semente está dentro deles, é nossa obrigação proporcionar as condições ideais para que ela se transforme em uma grande arvore frutífera.

Os dois principais fatores que tem dificultado o surgimento de grandes jogadores são:
1. Observadores e olheiros sem capacidade para a função;
2. Técnicos preocupados com sistemas e esquemas táticos, deixando em segundo plano a qualidade técnica e o desenvolvimento das habilidades naturais dos atletas.

Com a implantação desses esquemas 3-5-2/3-6-1 nas categorias de base estamos desperdiçando ótimos talentos, que acabam se perdendo no caminho porque nossos treinadores priorizam as conquistas de títulos e não a formação do atleta e do ser humano. O esquema a ser utilizado na base deve ser o 4-4-2/4-3-3 e isso deveria tornar-se obrigatório por lei. São eles que mostram as verdadeiras funções de um atleta em campo e o técnico que inventar algo diferente disso deveria ser preso.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

DADÁ MARAVILHA - A LENDA

EXEMPLO PARA OS MAIS JOVENS
Dario teve uma infância pobre no subúrbio de Marechal Hermes, na rua Frei Sampaio, no Rio de Janeiro. Aos 19 anos, em razão de um furto, foi detido na Febem, onde conheceu o futebol. Em 1965, Dario começou a jogar nos juniores da equipe do Campo Grande, sendo promovido ao time principal em 1967. Seu talento despertou a atenção do Clube Atletico Mineiro. Dario vestiria a camisa de mais 16 clubes. No entanto, o maior destaque de Dadá seria atuando por outro grande clube do futebol brasileiro: o E.C. Internacional. Hoje, Dadá, trabalha na televisão como comentarista esportivo. Iniciou sua carreira na TV Alterosa de MG, sendo posteriormente contratado devido ao seu grande sucesso pela Rede Globo, como comentarista no canal a cabo SporTV. Atualmente Dadá voltou a TV Alterosa, e participa da Bancada Democrática do Alterosa Esporte, representando o Atlético Mineiro. Tornou-se um exemplo de humildade, simplicidade e de caráter a ser seguido por todos atletas, principalmente os atacantes.


FRASES POÉTICAS DE DARIO:
"Não venha com a problemática que eu dou a solucionática."
"Me diz o nome de três coisas que param no ar: beija-flor, helicóptero e Dadá Maravilha."
"Não existe gol feio. Feio é não fazer gol."
"Um rei tem que ser sempre recebido por bandas de música."
"Pra fazer gol de cabeça era queixo no peito ou queixo no ombro."
"Com Dadá em campo, não há placar em branco."
"Pelé, Garrincha e Dadá tinham que ser curriculum escolar"
"Faço tudo com amor, inclusive o amor"
"Nunca aprendi a jogar futebol pois perdi muito tempo fazendo gols"
"Só existe três poderes no universo: Deus no Céu, o Papa no Vaticano e Dadá na grande área".
"Chuto tão mal que, no dia em que eu fizer um gol de fora da área, o goleiro tem que ser eliminado do futebol."
"A área é o habitat natural do goleador, nela ele está protegido pela constituição, se for derrubado é pênalti"
"Num time de futebol existem nove posições e duas profissões: o goleiro e o centroavante"
"Bola, flor e mulher, só com carinho"
"Fiz mais de 500 gols, só correndo e pulando."
"Quando eu saltava o zagueiro conseguia ver o número da minha chuteira"

domingo, 23 de janeiro de 2011

JORGE MACHADO ESCLARECE

Li recentemente entrevista do empresário de futebol Jorge Machado, ao jornalista Andreas Muller, editor da Revista Amanhã; conselheiro do Inter e membro do Convergência Colorada. Machado é um profissional bem conceituado, respeitado, com trabalho reconhecido mundialmente e um dos agentes mais experientes do país. Achei importante divulgá-la aos leitores do blog e dividir com todos essa importante leitura, pois é muito esclarecedora e mostra um lado diferente da profissão de agente. Abaixo segue entrevista: O MERCADOR DE CRAQUES
Por Andreas Muller
Quem vê Jorge Machado pela primeira vez sequer desconfia que está diante de um dos mais poderosos empresários de futebol do Brasil. Com os cabelos desgrenhados, a camiseta para fora das calças e os ponteiros de um Tag Heuer cromado no pulso, Machado não se parece em nada com um homem que realiza negócios milionários no mercado da bola – a não ser, talvez, pela semelhança com o craque argentino Maradona. “Se eu uso óculos escuros, me pedem até autógrafo”, diverte-se. Machado bem que tentou se firmar como jogador de futebol. Mas foi fora dos gramados, montando equipes e vendendo atletas, que este gaúcho de Erechim construiu sua verdadeira fama. Hoje, aos 45 anos, Machado é “dono” de 600 jogadores brasileiros e estrangeiros. Em pelo menos duas ocasiões, seus craques foram negociados com a Europa por mais de US$ 30 milhões – o que lhe assegurou um lugar na lista dos 50 maiores empresários de futebol do mundo. Nesta entrevista para Amanhã, Machado conta como é o desafio de administrar a vida de um profissional tão badalado quanto o jogador de futebol. E afirma: não há Lei Pelé capaz de conter a vocação brasileira para formar grandes craques.


AM - O torcedor vê o empresário de futebol como um vilão: um sujeito não muito ético, que acelera a debandada dos grandes jogadores brasileiros para a Europa. Como é possível prosperar carregando esse tipo de imagem?
JM- A verdade é que o torcedor não conhece bem a atividade do empresário. O que o torcedor vê é só o que está em evidência: é o empresário que vende o grande jogador, o Rivaldo, o Rafael Sóbis... e lucra em cima disso. Ninguém vê o outro lado. Hoje pela manhã, enquanto caminhava na esteira da minha casa, eu vi uma reportagem muito interessante na ESPN Brasil. Mostrava que, estatisticamente, 99% dos jogadores brasileiros ganham menos de um salário mínimo. Só 1% ganham mais de R$ 4 mil. E olha que eu estou falando dos que têm clube para jogar. Hoje, quase 15% dos jogadores brasileiros estão desempregados. Mas eu, sozinho, sustento mais de 600 atletas no país inteiro. Preciso disso, faz parte da minha atividade. Mas isso ninguém vê. O nome do empresário só aparece quando surge um grande negócio.


AM -Você “sustenta” os jogadores?
JM- Sim, e alguns deles são garotos de 12 anos. No Mogi Mirim, de São Paulo, tenho 70 moleques. No Internacional, de Porto Alegre, eu tenho parceria com 18 jogadores. Também tem gente no São Paulo, no Flamengo, no Grêmio e em vários outros clubes. Em alguns casos, sustento o garoto e todo o resto da família. Faz parte da atividade. É preciso apostar naqueles que podem vir a ser grandes jogadores. Mesmo assim, não é um negócio simples. A maioria deles nunca estoura.


AM - Quer dizer que a atividade não é tão rentável assim?
JM - Não, não quero dizer isso. A profissão é muito boa, muito rentável. Quando você consegue achar um jogador como o Rivaldo ou como o Pato (Alexandre Pato, revelação do Internacional cujos direitos pertencem ao empresário Gilmar Veloz), é quase como ganhar na Loteria Esportiva. Mas, para isso, você tem de pegar mais de 600 atletas, como eu, para conseguir tirar dois ou três bons negócios por ano.


AM - Você acha que existe má vontade contra o empresário de futebol?
JM - A mídia e os torcedores encaram o empresário pelo lado ruim. Colocam que é aproveitador, que não tem ética etc. Mas pega a CPI do Futebol: 18 dirigentes foram indiciados e nenhum deles era empresário. E todo mundo achava que eram os empresários os vilões da história.


AM - Mas você paga impostos, encargos trabalhistas e essas taxas que qualquer empresa paga?
JM - Claro. Minha atividade também é feita de forma “tradicional”. Eu pago imposto de renda, tenho empresa constituída, arrecado e trago divisas para dentro do país, como em qualquer outro ramo. Mas é evidente que também tem muita gente mal intencionada nesse negócio. Tem aqueles que garimpam um garoto de 10 ou 11 anos, prometem mundos e fundos e, chega na hora, deixam o atleta e toda a família na mão. Felizmente, os próprios clubes e alguns dirigentes têm trabalhado para evitar esse tipo de problema, até porque eles sabem o quanto isso prejudica o jogador. “Muito jogador de futebol não sabe cuidar do dinheiro. Ele ganha uma fortuna e o que ele faz? Vai lá e compra um posto de gasolina. Só que não conhece nem a cor da gasolina...”


AM - Como se entra nessa atividade? O que é preciso para se tornar um empresário de futebol?
JM - O que é preciso eu não sei. Acho que é importante ter contatos, facilidade de relacionamento. Eu, pelo menos, sempre tive.


AM - No seu caso, como foi?
JM - Eu comecei por acaso, há 13 ou 14 anos. Eu havia largado o futebol (Jorge Machado foi jogador profissional até os anos 90) e inaugurado uma lojinha no interior de São Paulo. Uma noite, eu estava numa churrascaria sem ter o que fazer e, de repente, na mesa do lado, vi o Pinga, um ex-zagueiro que havia sofrido uma lesão muito grave. Eu o conhecia, tinha jogado com ele na categoria infantil do Internacional. Ele me pediu: “Olha, eu joguei em muitos times aqui do interior de São Paulo, será que você não consegue um timinho para eu jogar?”. Então eu liguei para o presidente do Ituano, clube em que eu também havia jogado. Ele gostou da idéia de ter o Pinga e aí eu passei os contatos. Três dias depois, eu recebi um telefonema do presidente do Ituano pedindo o número da minha conta bancária, que ele queria me mandar uma comissão. Foi aí que me deu o estalo. Comecei a procurar jogadores, refazer alguns contatos. E eu conhecia o Branco, o Dunga, o Raí... Todos eles me ajudaram muito a entrar nessa atividade.


AM - Quanto você ganhou no seu primeiro negócio?
JM - Um dos meus primeiros negócios foi com o Ypiranga, de Erechim. Na época, eu conhecia o Antônio Luís Dalprak, que era presidente do clube. Eu levei para ele um ponta-esquerda chamado Alexandre e ganhei R$ 50 de comissão.


AM - Desde então, qual foi o melhor negócio que você já realizou?
JM - Foram dois. Um deles, a venda do Rivaldo, que então jogava no La Coruña, da Espanha, para o Barcelona. Saiu por US$ 32 milhões, na época. A outra grande venda foi a do Fábio Rockembach (ex-atleta do Internacional), que também atingiu os US$ 32 milhões. É lógico que só uma partezinha desses valores ficou comigo. Geralmente, uma negociação desse tamanho tem seis, sete pessoas envolvidas. Mas fiz a minha carreira. Já não consigo mais imaginar o que teria acontecido comigo se eu não virasse empresário. Acho que acabaria como porteiro de bordel. (risos)


AM - Qual é o tamanho do seu patrimônio hoje?
JM - Olha, eu vim do interior e, por princípio, não fico aí dizendo quanto dinheiro eu tenho. Posso dizer que, financeiramente, eu nunca mais tive nenhuma preocupação. Tenho uma vida confortável, que me deixa feliz.


AM - O que é mais difícil na atividade de empresário?
JM - É cuidar do garoto. É manter ele firme no objetivo de se tornar um craque. Eu, como jogador de futebol, só perdia. Nunca ganhei, eu era um derrotado. Hoje, eu uso as minhas derrotas como exemplo para os garotos. O empresário tem de gerenciar a carreira do jogador, ajudá-lo a superar dificuldades. Tem muito jogador bom que, hoje, passa por uma dificuldade enorme porque não sabe se cuidar.


AM - Mas você cuida de tudo? Inclusive os gastos do jogador?
JM - Não, eu não me meto no lado financeiro do atleta. Em geral, os empresários e os dirigentes são paternalistas demais. E o resultado é que o jogador nunca aprende a cuidar do próprio dinheiro. Quantas vezes ouvimos falar de atletas que perderam tudo? Jogador meu não tem conselho financeiro nenhum. Ele gasta o dinheiro como quiser, eu só deposito na conta. Ele precisa entender que quem ganha fácil também perde fácil. Eu procuro lidar mais com a motivação, com o planejamento da carreira.


AM - Você se considera um bom gestor de pessoas?
JM - Na tarefa de gerenciar a carreira de jogador de futebol, eu me considero um doutor. Eu nasci dentro disso. Eu sei quando gritar e quando passar a mão na cabeça. E é uma coisa difícil, hein... A maioria dos jogadores sai de casa com 11, 12 anos e cai direto na vida profissional. Eles queimam etapas e, quase sempre, se tornam pessoas muito carentes. Aí eles pegam o empresário, a sogra ou a própria namorada como “âncora”. É uma relação muito delicada. E quando há lesão, então, nem se fala... Eles perdem totalmente a confiança! Pode ser o Raí, pode ser o Pelé, não importa: jogador lesionado se deprime. Ele perde a glória. Entra no vestiário e ninguém o procura para pedir entrevista. O empresário precisa ajudar nessa hora.


AM - Muitos jogadores têm uma predisposição a cair na noitada... Como se gerencia isso?
JM - Com 20 e poucos anos e uma conta bancária milionária, qualquer pessoa tem predisposição a cair na noitada. O importante é não extrapolar. Tem de fazer a coisa dentro de um limite. Do contrário, são eles mesmos que saem perdendo. Eu não digo que a carreira do jogador é curta, e sim muito longa. Eles vão ganhar, até os 34 anos, o que muitas pessoas não ganham em 70 anos. Eles precisam trabalhar para que toda a sua vida – e não só a carreira – seja estável e os recursos não se acabem cedo.


AM - E como você cuida do seu próprio dinheiro? Onde você aplica?
JM - Minha vida é bem simples. Meu dinheiro está no banco, aplicado. Compro jogador de futebol e vendo jogador de futebol. Não entro em nenhum negócio que eu não conheço. Não construo nada, não arrisco nada. Procuro fazer o trabalho que eu conheço, que eu sei fazer. Tem muito jogador de futebol que ganha uma fortuna e o que ele faz? Ele vai lá e compra um posto de gasolina. Mas o cara não sabe nem qual é a cor de um litro de gasolina! Aí perde quase tudo e, com o que sobra, vai lá e compra uma farmácia... Não dá. É claro que eu recebo propostas diárias de investimento. Mas eu só acredito no meu negócio. “Achar um jogador como o Rivaldo é como ganhar na loteria. Mas, para isso, você vai ter de apostar em uns 600 garotos – sabendo que a maioria deles nunca vai deslanchar”


AM - Até que ponto o sucesso do empresário está relacionado à vigência da Lei Pelé?
JM - A Lei Pelé facilitou, mas não muito. Pessoalmente, eu sou contra. Para o empresário, não adianta nada ter a facilidade para fazer negócio se os clubes estão falidos. Os clubes precisam ter força para formar e comprar atletas. Mas todos os clubes do Brasil, com exceção de dois ou três, estão quebrados. Isso não é bom pra ninguém. Eu fazia muito mais negócio antes da Lei Pelé. As equipes tinham mais poder e eu podia trabalhar em outras áreas, além de compra e venda de jogadores – por exemplo, atuando como olheiro ou montando equipes inteiras. A Lei Pelé permite que um dono de churrascaria vire empresário. Aquele ali é bom? Vai lá e compra. Isso igualou todo mundo por baixo.


AM - E para os jogadores? Houve alguma melhora ou a situação também piorou?
JM - Piorou. Eu aposto com você: se fizermos uma análise estatística, vamos descobrir que tem muito mais jogadores à beira da miséria hoje. Com a Lei Pelé, muitos clubes perderam o interesse de investir na formação do jogador, simplesmente porque ele não dá mais retorno. Antes, eu conseguia me sustentar só com os clubes que assessorava no interior de São Paulo. Eu montava times inteiros e ganhava comissões, dava para me sustentar o ano todo. Hoje, colocar um jogador no interior de São Paulo é difícil, até porque o clube pequeno não tem condições de pagar nada. O Mogi Mirim, por exemplo, era um dos clubes que mais formavam atletas no futebol brasileiro. Hoje, eles só têm a categoria dos juniores, que a Federação Paulista de Futebol obriga a ter. Em outros tempos, eles tinham garotos de 14 a 20 anos. Eram 300, 400 moleques, sendo que 80 deles acabavam se arranjando na vida. Hoje, esses garotos estão na rua.


AM - Mas o futebol brasileiro continua sendo um dos melhores do mundo. De onde estão saindo nossos craques?
JM - Os grandes clubes continuam tendo estrutura de base, de formação. Para segurar um garoto de 16 anos, por exemplo, o clube é obrigado a ter contrato profissional. E o custo disso é de R$ 700 por mês. Os pequenos não têm como bancar.


AM - A proposta de transformar os clubes em empresas ajudará a segurar nossos jogadores aqui?
JM - Olha, temos de parar com esse negócio de achar que estamos “perdendo” jogadores para o exterior. Deixar de vender um jogador como o Pato ou o Lucas (Lucas Leiva, volante do Grêmio) para o exterior seria uma irresponsabilidade. Graças a eles, os clubes daqui conseguem formar novos garotos. Com a Lei Pelé, o Brasil não tem recursos para segurar Pato, Lucas, Robinho, Ronaldinho etc. Não tem condições de segurar ninguém. Com a lei, nós somos só fornecedores.


AM - Mas essa capacidade de fornecimento não está ameaçada com a falência geral dos clubes?
JM - Nunca. O Brasil é um país em que jogador de futebol dá em árvore. Se você juntar 22 garotos aqui e fizer uma pelada naquela graminha ali, vão sair dois ou três em condições de se tornar bons atletas. É assim que funciona. A renovação do Brasil é uma coisa impressionante. Fonte: Amanhã

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

PETKOVIC DÁ EXEMPLO DE SOLIDARIEDADE

PET FAZ A DIFERENÇA
Donativos deixados na pizzaria do meia Petkovic, na Barra da Tijuca, RJ, foram entregues no final de semana que passou aos desabrigados pelas chuvas na Região Serrana do estado do Rio de Janeiro. Dois caminhões, um deles dirigido pelo próprio Pet, levaram roupas e alimentos até Petrópolis e Itaipava. Ele está totalmente engajado na luta de ajuda às vítimas, sendo que noticias de ontem davam certo um terceiro caminhão lotado de doações.

Ele já havia iniciado uma campanha na semana passada para arrecadar dinheiro. O jogador abriu uma conta em seu nome na agência 213-5 do Banco Bradesco, sob o número 1008425-3 com esse propósito. Outra bonita atitude do serviomontenegrino, radicado no Brasil foi doar sangue aos acidentados da tragédia.

OUTROS DÃO DISCURSO
Certamente todos ouviram de um certo R a frase: “o que estiver ao meu alcance vou fazer.” Pergunto: o que pode estar ao alcance de alguém que vem a mais de dez anos recebendo uma mega sena acumulada de 40 milhões por ano e acaba de assinar contrato de 120 milhões?

Um recente campeão brasileiro vem na telinha e diz: “vou leiloar a camisa que joguei a decisão do titulo do ano passado e a minha faixa de campeão”.

Outro desses milionários jogadores com um pouco a mais de criatividade manda: “vou falar com meus companheiros para ver o que vamos fazer, mas podem contar comigo”.

CONSTATAÇÃO
Amigos, cada um faz com seu dinheiro aquilo que bem entender, e não seremos pretensiosos ao ponto de indicar onde devem aplicar tais recursos. Temos total liberdade de escolher quais serão nossos investimentos e gastos, mas precisamos também entender que ter iniciativa de ajudar o próximo não é um talento, mas ser de boa índole, ter bom caráter e humanidade, ser solidário e principalmente, conseguir olhar para trás, recordar de onde viemos e o que nos tornamos.

Parabéns ao Petkovic e todos aqueles que estão para fazer o bem, que tem iniciativa, que sabem da importância do povo em suas brilhantes carreiras, que fazem a diferença nesse mundo e que os fazem grandes ídolos e verdadeiros campeões.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

COACH CARTER O FILME

PARA NOSSOS TÉCNICOS
Um filme que apresenta ensinamentos fantásticos, principalmente para aqueles que militam no esporte. Ele nos mostra a importância da total disciplina, do comprometimento com os objetivos, da amizade, do trabalho em equipe, da lealdade e do respeito. Filme para ver, rever e rever denovo várias vezes. Espero que eu esteja contribuindo para o crescimento profissional e pessoal dos amigos leitores do blog e que possamos juntos promover a profissionalização das gestões de nossos clubes. Assistam.

A história se passa em Richmond uma pequena cidade da Califórnia. Ken Carter (Samuel L. Jackson) retorna a seu pobre colégio da adolescência como novo técnico do time de basquete. Porém, encontra um ambiente desgastado, com falta de respeito por parte dos alunos, além de serem todos ruins no esporte. Carter impõe um novo regime, baseado na obrigação de se ter boas notas e obediência. A partir daí, ao mesmo tempo que criará um time muito bom, conhecerá a resistência de muitos alunos, porém os fará mudar de vida, já que não os treina apenas para jogar, mas também para a vida, é um filme de se emocionar, rir e chorar.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

GAMA - FAZENDO HISTÓRIA FORA DO BRASIL

EXPORTAMOS TALENTOS
Alexandre Torreira da Gama Lima ou simplesmente Alexandre Gama, como se tornou conhecido no meio futebolistico é um técnico que pode sentir-se vitorioso. Iniciou carreira nas categorias de base do Fluminense RJ, sendo rapidamente chamado para comandar a equipe principal, logo conquistando a confiança da diretoria e da torcida. Mesclou por alguns anos seu trabalho como auxiliar de grandes técnicos do time profissional, assumindo a equipe em momentos dificeis e na sub 20, sempre obtendo bons resultados. Tive o prazer de conhecê-lo no período em que desenvolvi um trabalho de observação e prospecção de atletas para o tricolor carioca durante dois anos da gestão David Fichel. É um estudioso do futebol, muito trabalhador e seu esforço tem sido coroado com grandes conquistas. Está fora do Brasil desde 2005, mas certamente seu trabalho é acompanhado pelos grandes clubes do país. Sucesso a você amigo!
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
- Coréia do Sul Seleção dez-2010
- Gyeongnam FC (Coreia do Sul) - 2008/2009/2010 - (Técnico)
- Volta Redonda Futebol Clube (RJ) 2008 - (Técnico)
- Al Wahda Sports Club Cultural (EAU) 2006/2007/2008 - (Técnico)
- Fluminense Futebol Clube (RJ) 2005/2006 (Técnico)
- Associação Atlética Internacional de Limeira (SP) 2005 (Técnico)
- Fluminense Futebol Clube (RJ) 2004 - (Auxiliar Técnico/Técnico)
- Fluminense Futebol Clube (RJ) 2003 - Juventude (Auxiliar Técnico)
- Fluminense Futebol Clube (RJ) 2002 - (Auxiliar Técnico/Técnico)
- Fluminense Futebol Clube (RJ) 2001 - (Auxiliar Técnico)

DESEMPENHOS PROFISSIONAIS

- 2008 - Segundo lugar (FA CUP-CORÉIA DO SUL)
- 2007 - Terceiro lugar (Liga dos Campeões da Ásia)
- 2006 - Segundo lugar (UAE League)
- 2006 - Campeão do Rio de Janeiro - sub20
Campeão do torneio internacional de Monthey (Suíça) Sub-20
- 2005 - Campeão Mundial de Clubes - Sub 20 (Emirados Árabes Unidos)
- 2004 - Nôno colocado no Campeonato Brasileiro (classificados para a Copa Sul Americana)
- 2003 - Segundo colocado, o Brasil da Copa da Liga da Juventude (Londrina, Paraná) Segundo colocado, Liga da Juventude do Rio de Janeiro 3 º lugar, Gazetinha Liga da Juventude na Copa (Vitória, Espírito Santo)
- 2002 - Campeão da Liga da Juventude do Rio de Janeiro Campeão do Rio de Janeiro Outreach League (atletas nascidos em 1990) Rio de Janeiro Vice-campeão da Liga Outreach (atletas nascidos em 1989) Estreante Eleito do Ano em 2002 pela União Rio de Janeiro de Treinadores de Futebol
- 2001 - Rio de Janeiro Vice-campeão da Liga

AUXILIAR TÉCNICO DE PROFISSIONAIS CONSAGRADOS:
- Oswaldo de Oliveira (2001) Fluminense Futebol Clube (RJ)
- Renato Gaucho (2002) Fluminense Futebol Clube (RJ)
- Renato Gaucho (2003 ) Fluminense Futebol Clube (RJ)
- Joel Santana (2003 ) Fluminense Futebol Clube (RJ)
- Valdir Espinosa (2004) Fluminense Futebol Clube (RJ)
- Ricardo Gomes (2004) Fluminense Futebol Clube (RJ)