sexta-feira, 19 de junho de 2009

PENSANDO O FUTURO - A ESTRÉIA

PARTE 05: A ESTRÉIA
Após trinta dias de exaustiva preparação da equipe, chegara o dia de estrearmos na competição. Nosso primeiro jogo seria contra o Cachoeira F.C. em casa e pairava no ar certa ansiedade, com alguma curiosidade e até certa desconfiança por parte dos torcedores que precisavam ver o time em campo e ganhando seus jogos para acreditarem que o projeto estabelecido poderia dar certo. Nós, da diretoria estávamos confiantes numa vitória e passamos praticamente o dia inteiro no estádio com os jogadores e a comissão técnica, fazendo com que o foco de todos estivesse no compromisso da noite, que poderia ser o divisor de águas dentro do clube. Acreditávamos que um bom resultado representaria mais apoio financeiro, maior presença de torcedores e dirigentes, mas principalmente, geraria uma energia boa em torno do trabalho que estava sendo realizado. Portões abertos e tudo preparado, as pessoas começam a chegar e apesar de estarmos aguardando um bom número de espectadores, fomos surpreendidos quando olhamos para as arquibancadas e estavam praticamente lotadas. Mais um objetivo conquistado (trazer de volta o torcedor). Agora necessitávamos da vitória e imaginávamos que seria um jogo muito difícil, como realmente foi. Parecia que o placar não seria aberto, mas nossos atletas atuavam com raça e vontade, merecendo melhor sorte. De repente o Maza chama do banco o Aléx Amado, um baixinho de 1, 66 mt e coloca no jogo. Aquele loirinho entra e incendeia todo estádio com suas jogadas individuais e abusadas, encantando a todos, até quê, aos 48 minutos, jogo finalizando, ele entra na área grande pelo lado esquerdo, driblando quem aparecia pela frente e chuta forte, cruzado e no alto. Golaaaaaaaaço, torcida vibrando, pessoas se abraçando, sorrindo, uma alegria à muito tempo não presenciada no Edmundo Feix. A vibração dos garotos junto com a comissão técnica e dirigentes era contagiante. Estava anunciado como seria o ano do Guarani. Confira esse momento mágico na foto abaixo, se emocione, vibre novamente, imagine qual futuro você gostaria para esse clube, o que deseja de verdade, sinta a falta que faz em nossas vidas aquele domingo ensolarado ou aquela quarta-feira gelada e nós torcendo e as vezes até corneteando nosso Rubro Negro, chamando técnico de burro, jogador de perna de pau, mas firmes, fortes e mantendo a chama acesa e a esperança renovada, sempre ao lado de nossos melhores amigos, vários deles com lugar cativo, ou nas sociais, nas cadeiras numeradas, uns sentados e outros de pé, a turma da copa, os que ficam atrás do gol ao lado da torcida tribo e aqueles da arquibancada. Frase do repórter Rui Borgamann (Jornal Folha do Mate): "TAMBÉM ME EMOCIONEI E ME ARREPIEI NAQUELA NOITE, POIS ACOMPANHEI TODO SOFRIMENTO PARA CHEGAR O DIA DA ESTRÉIA". O Rui viu de perto essa invasão toda e presenciou o Delmar (camisa branca), entrar no campo para abraçar o Aléx com um cigarrinho faiscando pra todos os lados. Terminado jogo, perceberam as queimaduras pelos braços sem entenderem nada. Abaixo comemoração do gol.

Foto: Rui Borgmann (Jornal Folha do Mate)